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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Maria de Nazaré, a mãe do meu Senhor. Lucas 1, 26 - 49



“Isaac dirigiu-se a seu pai Abraão e disse: ‘Meu pai!’ Ele respondeu: ‘Sim, meu filho!’ – Eis o fogo e a lenha,’ retomou ele, ‘mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Abraão respondeu: ‘É Deus quem proverá o cordeiro para o holocausto, meu filho”. (Gênesis 22, 7s)

Algumas vezes fica muito difícil escolher uma passagem bíblica para uma reflexão, outras vezes ela cai do céu, esta foi mais fácil, a mulher que eu amo me pediu para que escrevesse sobre Maria de Nazaré.
Por eu ser homem acredito que fica muito difícil refletir sob uma mulher, ainda mais quando esta mulher é a mãe do meu Senhor! Muitas teorias de diferentes linhas teológicas podem descorda desta afirmação, mas está escrito: Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?”, e estas palavras foram ditas por Isabel que está completamente embebida Espírito Santo, negá-la seria blasfemar contra o Espírito.
Uma coisa que eu custo a entender é que: quando ouvimos nossos irmãos protestantes, principalmente os da linha pentecostal, falar sobre Maria, fica sempre a impressão de que eles acreditam que ela é algo mau, ou um terrível mal entendido da Igreja Católica em relação aos dogmas ou a sua teologia. Isso faz deste tema um assunto muito delicado e a intenção deste meu Blog é a de provocar reflexões e não discussões febris que não dignificam e nem tão pouco edificam os assuntos teológicos.
Nos textos bíblicos, Maria, quase sempre se retira em um silêncio meditativo, como quem soubesse exatamente o seu papel no Reino, e sua participação, que é de vital importância para todos nós, Maria tinha a exata dimensão de sua missão e do papel de seu filho Jesus. Assim como faz o Deus Pai em seu silêncio confiante.
Selecionei alguns textos bíblicos de relevância onde faço alguns paralelos com personagens antigos, seus valores e títulos preservados até os nossos dias, e no entanto, Maria que recebe o maior dom de toda a história humana é esquecida por muitas linhas teológicas. Estabeleci um paralelo muito interessante entre a Crucificação de Jesus e o sacrifício de Isaac, onde fica nítida uma enorme semelhança entre: a sempre lembrada paternidade de Abraão e a muitas vezes esquecida maternidade de Maria de Nazaré, a Mãe de Deus e Mãe da Fé.
Lucas 1, 26 – 49 “A anunciação, A visitação e O cântico de Maria”
“No sexto mês, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, disse-lhe: ‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!’ Ela ficou intrigada com essa palavra e pôs-se a pensar qual seria o significado da saudação. O Anjo, porém, acrescentou: ‘Não temas, Maria! Encontrastes graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim’. Maria, porém, disse ao Anjo: ‘Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?’ O anjo lhe respondeu: ‘O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril. Para Deus, com  efeito, nada é impossível.’ Disse, então, Maria: ‘Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra!’ E o Anjo a deixou.
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo.
Com um grande grito, exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite? Pois quando tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre. Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!’
Maria então disse: ‘Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta Deus meu Salvador, porque olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada, pois o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor.’”
Para começar esta reflexão poderia ser com as palavras de Isabel: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?... Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!’. Aqui Isabel saúda Maria como a Mãe de Deus nas palavras: “mãe do meu Senhor”, eu de minha parte faço o mesmo.
Toda e qualquer tradução de algum texto para a língua vernácula sofre influência de seu tradutor, a palavra “virgem” é um destes casos. Para esta palavra acredito que a escolha mais adequada seria “jovem”, e ficaria assim: “a jovem conceberá” ou “e o nome da jovem era Maria”. Mas ela indiscutivelmente era virgem sim, e é ela mesma que deixa isso claro quando diz: Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?”. Naqueles tempo não era como nos dias de hoje, Maria tinha entre 12 e 13 anos de idade e a sociedade cobrava o casamento nesta idade justamente para minimizar o risco da perda da virgindade, entre outros motivos, mas tudo isso fazia parte daquela cultura.
Todas as questões que cercam Maria, assim como Abraão, são questões familiares: na cruz; no desaparecimento do menino e em seu reencontro no templo; nas bodas de Cana; na visita a Isabel; na multidão onde Jesus questiona sobre os seus parentes. O mesmo se sucede com a descendência e a passagem da crucificação de Jesus onde Ele se dirige a Maria, sua mãe e ao discípulo que está ao seu lado.
Observando o texto do sacrifício de Isaac nota-se algumas semelhanças entre Gênesis e a Crucificação de Jesus: “Abraão tomou a lenha do holocausto e a colocou sobre seu filho Isaac, tendo ele mesmo tomado nas mãos o fogo e o cutelo, e foram-se os dois juntos. Isaac dirigiu-se a seu pai Abraão e disse: ‘Meu pai!’ Ele respondeu: ‘Sim, meu filho!’ – Eis o fogo e a lenha,’ retomou ele, ‘mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Abraão respondeu: ‘É Deus quem proverá o cordeiro para o holocausto, meu filho’. E foram-se os dois juntos.” (Gênesis 22, 6 - 8).
Podemos confrontar algumas semelhanças entre Gênesis e o Evangelho de João (19, 25ss), são dois textos que tratam de um sacrifício humano:

Em Gênesis é Isaac que carrega a lenha para o sacrifício e é ele que será sacrificado até então, nos evangelhos o mesmo acontece com Jesus, é Ele que carrega a cruz (lenha para o sacrifício) ao mesmo tempo que Ele é a vítima;

Em gênesis temos a frase: “Eis o cordeiro”, no Evangelho sabemos que o Cordeiro está lá e é o próprio Jesus;

Isaac tem sua vida garantida por Deus. Jesus é ressuscitado pela ação de  Deus;

Isaac está salvo, na figura dele está a promessa de Deus que é toda  a descendência de Abraão. O mesmo gesto e a mesma promessa é feita à Maria aos pés da Cruz, embora o filho de Maria esteja sendo morto a promessa está sendo renovada nas palavra de Jesus, quando Ele diz: “Eis o teu filho” e “Eis a tua mãe”.

No antigo testamento havia um profundo respeito pelo legado de Abraão, Moisés, Elias, entre muitos outros. A filiação abraâmica sempre foi de vital importância para o povo judeu e o cristão e todas as suas vertentes, deveria ser da mesma forma e com os mesmos valores a filiação mariana para o povo que se diz Cristão e sem exceções ou ressalvas. Maria também deixou o seu legado quando disse: Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada, pois o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor.”, ora, este é um texto bíblico e como tal deve ser respeitado. Eu como ser humano e filho da Dna. Nilza Garrote Colonhesi, mesmo quando ela se for (e eu não tenho pressa alguma), ela continuará sendo a minha mãe, seu nome continuará escrito em meus documentos pessoais, mesmo quando eu também me for.

Sempre devemos ler a bíblia de forma a questionar o texto, um bom exemplo é a passagem de (João 19): “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa”. Na frase: “Eis a sua mãe”, e em seguida: “Eis o teu filho”, não seria o mesmo que afirmar: “Eis a tua descendência!”. Temos que parar e perguntar para o texto: Estaria Jesus delirando? Uma mãe sabe quem é seu filho e um filho sabe quem é a sua mãe, seria necessário Jesus dizê-lo? Então por que Ele o teria dito? Além disso neste texto está escrito: ..E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa. Seriam os seus outros filhos tão ingratos assim? Maria tinha realmente outros filhos, além de Jesus, não teria ela ido morar aos cuidados destes filhos?

Às questões acima, responda você mesmo(a). Outra questão, e esta eu quero responder, é: QUEM É O DISCIPULO AMADO??? E a resposta a está pergunta é: SOU EU, sim, eu mesmo! E por isso sou filho de Maria e posso e devo receba-la como tal. Em Maria e graças ao seu “SIM” está o meu elo filial com Deus. Como posso dizer: Deus é meu pai e Jesus é meu irmão mas, não sou filho de Maria! Se digo isso estou automaticamente negando as outras duas afirmações sobre a minha filiação divina.

Maria é a mãe da fé, assim como Abraão é o pai da mesma fé, reverenciar e bem-dizer Maria de Nazaré e seu imaculado ventre que trousse à Luz o meu Salvador e Senhor, não é o mesmo que adorá-la e sim dar o devido respeito ao seu papel junto à Ação Salvífica de Deus.


“E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12, 2s).

Quadro: Carlos Araujo - "A Descendência da Mulher esmagará a cabeça da serpente" Bíblia - Citações".

8 comentários:

  1. Espero que um dia todos os cristãos aceitem a importancia de Maria na história do cristianismo!
    Maria nossa mãezinha sempre nos mostra o caminho a seguir, quando na bodas de caná pede pra fazer o que Ele disser quer que sejamos obedientes a Cristo e façamos a vontade de Deus!Mais uma vez nos trouxe uma reflexão importante e muito proveitosa!Obrigada Prô pela partilha de seu conhecimento!

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  2. Gostei muito dessa passagem de Maria nossa Mãe.

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  3. Oi Du,
    Obrigada Por esse presente.
    É lindo ler sobre Nossa Senhora, Nossa mãe que está sempre perto da gente, nos acalmando nos momentos de aflição, nos inspirando nos momentos de aconselharmos nossos filhos e amigos nos orientando nos nossos momentos de dúvida, segurando nossa mão nos percursos perigosos.
    Um beijo,
    Iris

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  4. Olá Domingos!
    Muito boa a reflexão e muito interessante a proposta do seu blog!!
    A paz de Jesus e o amor de Maria!!!
    Juliana

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  5. Muito obrigado Juliana.
    A satisfação dos leitores é muito importante para mim.
    Um grande e fraterno abraço.

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  6. Muito bom ouvir falar de maria, e da importância que ela tem para nossa igreja....
    adriana nobre

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  7. acredito no valor incomparavel de maria para com DEUS, a mae do salvador JESUS.
    venho perguntar,voces acreditao que Maria subiu de corpo e espirito para morar com DEUS?ou ela subira assim como nos no dia do jugamento final?e o papa Joao paulo2?
    joao

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  8. acredito na família do meu Senhor e quero fazer parte,do lado do pai do meu irmão Jesus e de nossa Mãe Maria! quero servir a Deus assim como os anjos servem,os que buscam a Deus na terra.

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